O canal de vendas online tornou-se uma extensão importante para as incorporadoras, construtoras e imobiliárias, representando fatias vultosas nas vendas contratadas. Estima-se que pelo menos 70% dos negócios iniciam com um contato pela internet e culminam na assinatura do contrato. Interessadas em não perder oportunidades para parceiros de comercialização, as incorporadoras investem na adoção de novas tecnologias e expansão da equipe de corretores para ficar de plantão para esclarecer as dúvidas dos consumidores.
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Equipe Online da Eduardo Imóveis |
"A internet se firmou como um canal importante para as empresas, onde o público busca as primeiras informações sobre o imóvel que deseja adquirir. Não há registro de volumes significativos de vendas no segmento, mas a ferramenta é peça-chave na estratégia da companhia para aumentar a velocidade de vendas", diz Luiz Fernando Gambi, diretor de Comercialização e Marketing do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo (Secovi-SP).
Na mineira MRV Engenharia, as vendas online representam 40% das concretizadas pela equipe interna da incorporadora e construtora. Segundo Rodrigo Resende, diretor de Vendas e Marketing, a participação dos corretores próprios da empresa nas vendas deverá aumentar dos atuais 60% para até 80% no ano que vem. Durante o evento MRV Day, o executivo disse que os jovens que buscam o primeiro imóvel são os principais clientes desse canal. "Antes passávamos essa venda para ser concluída por uma imobiliária parceira, mas investimos em um sistema próprio e isso mudou."
A venda online é mais barata para a incorporadora, tanto que a equipe de vendas pela internet chega a 200 consultores, e o time de vendas nas lojas próprias totaliza 1.763 corretores no acumulado de janeiro a outubro, um avanço de 71,16% ante o mesmo período de 2011, com 1.030 funcionários. O diretor do Secovi-SP avalia que a decisão das incorporadoras de estruturar uma equipe interna é estratégia para não depender apenas das informações de mercado fornecidas pelas imobiliárias, que estavam com a maior fatia nas vendas.
Fonte: Valor Econômico